quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Dispensamos a Cruz?


A cruz é o sinal, por excelência, do cristão, "símbolo" da entrega de Cristo por todas as falhas da Humanidade, ponto de partida de toda a missão da Igreja (sacramental e institucional). Devido a esta importância que ela tem para nós deve estar sempre presente quer na nossa vida.

A questão que aqui coloco tem o seguinte pano de fundo:
Todos os nossos quartos têm uma cruz. Não é artisticamente bela, mas também não é feia. É uma cruz normalíssima. Acontece que já houve gente que teve a tentação de a retirar com a justificação que era feia (toda a cruz é feia "entenda-se"). Por uma cruz nova e mais bela era aquilo que mais se esperava... Contudo não aconteceu assim! Foi substituída por outro objecto, hierarquicamente mais belo...

Algumas questões:
Devemos retirar as nossas cruzes com a justificação de uma beleza que não têm (entendida à luz do pensamento humano) e pôr, no seu lugar outro objecto (quadros, posters, etc)?
Será que tudo aquilo que ela representa não será maior do que qualquer conceito de beleza?
Será que Cristo pode ser substituído pelo seu Vigário, santo, ou outra pintura?


Neste tempo da Quaresma que se apróxima tenhamos a capacidade de assumir que a Cruz é um bem mas que não pode ser substituída por outra coisa, mesmo que seja por uma representação , artisticamente bela, do mais santo dos Papas ou dos santos!

3 comentários:

Anónimo disse...

Isso é uma das facetas... o substituir a cruz por um modelo... falta agora saber se não irão substituir a longa tradição da Igreja, por "tradiçoizinhas" populares ou que não se coadunam com a mudança dos tempos. Sempre aprendi que há que fazer releituras da realidade... Mas pelos vistos, há quem ainda não saiba disso.
Que continuem as cruzes! Que elas sirvam para nos mostrar o caminho certo a seguir.

Miudo disse...

A cruz é sempre bela... e nunca é bonita... Às vezes esquecemo-nos da diferença que existe nestes termos. Se retiramos a cruz do quarto, onde a vamos meter?

Anónimo disse...

a cruz nunca pode ser posta de parte, como um objecto, como um "marginal", que olha-mos e despreza-mos.
a cruz deve ser vista tal como é.
abraço,
olga