quinta-feira, 22 de abril de 2010

ACABOU! Nasceu uma dissertação!

Hoje tive autorização para entregar a minha dissertação de mestrado integrado em Teologia. Ela foi dada pela minha orientadora, a Doutora Isabel Varanda.
Chega ao fim uma etapa importante do meu percurso académico... Talvez a mais difícil!
O trabalho está agora a corrigir...

A dissertação versa sobre um documento saído do diálogo ecuménico: a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação. É o primeiro documento oficial sobre uma questão tão problemática, que envolve o mais fundo e fundamental do acreditar do Cristão (ser ou não ser salvo e como alcançar e realizar a salvação) e que esteve na origem da divisão da Igreja no ocidente, sendo considerada o primeiro artigo de fé da Reforma, e que foi aceite por ambas as partes, católica e luterana. Foi assinado no dia 31 de Outubro de 1999 em Augsburgo, uma data e um lugar com bastante significado no contexto da divisão ocorrida no século XVI. Este documento tem um forte significado ecuménico porque, através dele e da sua realização, podemos constatar que é possível uma aproximação das Igrejas e comunidades eclesiais, caminhando, assim, para a unidade querida e desejada por Jesus Cristo, não impondo a verdade mas aceitando mutuamente a verdade. O Ecumenismo e o Diálogo Ecuménico caracteriza-se e avança nesse sentido: chegar a consensos em verdades fundamentais e não impondo consensos nas verdades fundamentais. As Igrejas e comunidades eclesiais descobrem, desse modo, que é mais aquilo que as une do que aquilo que as separa.
Trabalhar para a unidade da e na Igreja de Jesus Cristo é um dever de todo o cristão. Não devemos forçar que ela aconteça. Temos que nos deixar envolver pela acção do Espírito de Deus na oração, no encontro e no diálogo com as Igrejas e comunidades eclesiais cristãs. Com esta convicção acreditaremos que realizaremos já a unidade. Todavia, a forma mais visível da unidade da Igreja de Cristo (celebração eucaristica em conjunto) acontecerá "de uma forma tão surpreendente como a queda do Muro de Berlim" (Walter Kasper), quer isto dizer, de uma forma tão surpreendente pois não é o Homem que a promove mas o Espírito de Deus, verdadeiro e único autor e guia do Diálogo Ecuménico.

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