domingo, 28 de junho de 2009

Para que serviu (e serve) o Ano Paulino?

Para responder a esta pergunta, lembremos o objectivo que os nossos Bispos propuseram para ele na Nota Pastoral de 6 de Maio de 2008.

Proposta dos nossos Bispos

Começaram por constatar: "Este Ano Paulino coincide, no tempo, com uma outra proposta feita pelo Santo Padre a toda a Igreja: a convocação de um Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja." E avançaram: "Esta simultaneidade sugere-nos a convergência dos dois temas nas propostas pastorais. Paulo, grande Apóstolo da Palavra, pode ser o nosso guia para descobrirmos, mais profundamente, o lugar da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Basta pensar que ele é o autor sagrado mais frequentemente lido na Liturgia.

"Paulo foi, assim, convidado a despertar-nos para o Sínodo iminente e a preencher uma carência de formação no campo bíblico, há muito sentida entre nós. O primeiro sinal disso, foram as Cartas e Notas pastorais dos Bispos titulares às suas dioceses, dizendo o que nunca tinham dito acerca do valor da Palavra de Deus e da figura e escritos de Paulo, enquanto discípulo e apóstolo enamorado de Cristo, para a vida dos cristãos como crentes e evangelizadores.

Programas e acções de todo o género

Uma voz tão uníssona, repercutiu-se em programas e acções de todo o género e em todos os sectores: Semanas Bíblicas nacionais e regionais, Semanas de Estudo nas Universidades e Institutos, nos Centros Pastorais e nas paróquias, a nível académico, científico, pastoral e espiritual; ciclos de conferências semanais e mensais ao longo de todo o ano, a nível diocesano; Escolas Bíblicas paroquiais e interparoquiais; grupos de leitura, estudo e oração a partir das Cartas de S. Paulo e dos Actos dos Apóstolos; itinerários de catequese e celebração para os tempos fortes do ano litúrgico: Advento/Natal, Quaresma/Páscoa; exposições de pintura e escultura a nível diocesano e local, sobre S. Paulo e outros apóstolos e evangelistas relacionadas com ele; edições de livros, CD’s e DVD’s, cadernos, cartazes e pagelas; números monográficos de revistas; programas de rádio e de televisão; encenações sobre a vida de Paulo e leitura pública das suas Cartas; Dias da Bíblia, incluindo exposições de livros, procissão pelas ruas, Tenda da Palavra aberta ao público para leitura contínua de toda a Bíblia; peregrinações ou visitas de estudo aos “Lugares de S. Paulo”, nomeadamente na Turquia, na Grécia e em Roma; acções de solidariedade com os mais desfavorecidos, na espírito das Colectas do Apóstolo para algumas Igrejas (como o ofertório na “celebração nacional” em Fátima); encenações e musicais de carácter popular e experimental. E "uma grande celebração nacional", em Fátima, no dia 25 de Janeiro…

E agora, Paulo?

Terminado o ano "oficial", e pensando no objectivo inicialmente proposto, importa-nos reter o essencial e permanente para lhe dar continuidade.

1. O melhor foi ler, estudar e rezar as Cartas de Paulo, conhecer a sua vida e paixão por Cristo e pelo Evangelho, sintonizar com o seu coração de Apóstolo. E constatar que fazê-lo não é difícil, dá gosto e cria sólidas raízes. Urge continuar, pois o desconhecimento inicial era grande! Cada comunidade precisa de um grupo aberto para ler, estudar, partilhar e comprometer-se com a Palavra.

2. Foi importante o que os Bispos disseram sobre a Palavra de Deus e a figura de Paulo. Importa agir em consequência, através de uma animação bíblica de toda a pastoral, pois a Igreja continua a viver a sua aventura num "mundo secularizado", como diziam na sua Nota Pastoral (nº 9)…

3. Criaram-se ritmos e dinamismos que devemos secundar: a Bíblia da Paróquia, a Bíblia da Família, os encontros com vizinhos para a leitura orante da Bíblia, o Dia da Bíblia com acções públicas de evangelização, transcrição das Leituras no boletim dominical e referência a elas na homilia.

4. Produziu-se bom material de apoio: rever/ler/ouvir o mais actual e oportuno, permutar com outras pessoas, oferecer à biblioteca paroquial. Paulo continua a ser proclamado; precisamos de o compreender para viver a sua mensagem.

5. Criou-se o apetite: garanta-se a alimentação permanente, pois é a Palavra que agrega a Igreja e a conduz à fé na Pessoa de Cristo. Mudar o leme para outra opção pastoral, neste momento, seria frustrar muito grão semeado e muita esperança germinada. E, talvez, correr o risco de ficarmos em Paulo, sem darmos o passo seguinte para Cristo.

O "Ano Sacerdotal" não pode fazer-nos regredir ao mero pietismo não evangelizado. Aliás, a Palavra levará os sacerdotes à raiz da sua aliança e comprometê-los-á na evangelização das suas comunidades, tornando-as activas, corresponsáveis e lúcidas, capazes de ver, julgar e agir com critérios de Evangelho.

frei Lopes Morgado, ofmcap
Chefe de Redacção da revista "Bíblica"

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ano Sacerdotal

Hoje, Bento XVI inaugurou o Ano Sacerdotal.
Não haveria melhor dia no calendário para dar início a um tempo de reflexão sobre o Sacerdócio que hoje, pois comemoramos o Sagrado Coração de Jesus.
Também é-nos apresentada a figura de Santo Cura d'Ars. Ele, cujo o serviço que ele prestou à Igreja é exemplar, será o "padrinho" desta caminhada que inicia hoje e acabará no dia 19 de Junho de 2010.
Desejo que este Ano Sacerdotal, para além das actividades propostas, seja um tempo onde realmente o que é essencial no sacerdócio seja o central das reflexões: fidelidade ao ministério e a Cristo; obediência a Deus e à Igreja; disponibilidade para tudo e todos; AMAR o Povo de Deus e SERVIR.
Pessoalmente enche-me de alegria esta oportunidade que a Igreja oferece de reflectirmos o Sacerdócio. Mais entusiasmado fico quando sei que culminarei a minha caminhada de preparação para o sacerdócio, realizando o meu diaconado, no Ano Sacerdotal.

Para acompanhar o Ano Sacerdotal visitar: http://www.annussacerdotalis.org/

domingo, 14 de junho de 2009

Esta semana...

Esta semana irá mudar alguma coisa na minha vida.
Alguns acontecimentos "importantes":
  • É nesta semana que faço o meu último exame.
  • É nesta semana que faço anos.
  • É nesta semana que deixo de ser seminarista.
  • É nesta semana que deixo de estar a realizar trabalho pastoral em Ferreirim.
  • É nesta semana que começam as minhas "últimas" férias de 3 meses completos.
  • É nesta semana que algo mais vai acontecer mas que neste momento não me ocorre...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Alegria de uns e tristeza de outros

Acerca das eleições que se realizaram no dia de ontem, ficaram-me algumas impressões que gostaria de partilhar: a alegria de uns e a tristeza de outros.

CDU; CDS expressaram a alegria de terem mantido a sua força. Contudo o risco que serem cada vez mais últimas alternativas é notório...
O BE cresce cada vez mais. Alegria por isso... Já é a terceira força politica em Portugal. Será bom sinal?!
O PS parece que perdeu a situação. Cartão amarelo que os portugueses mostraram a Sócrates. Mas não eram Eleições Europeias?! Sócrates pareceu-me bastante preocupado no discurso final. E o Vital Moreira nem por isso... Afinal, já que não ganhou as eleições para o Conselho Científico da Universidade de Coimbra, ao menos fica com alguma coisa para fazer. :-)
O PSD parece que ganhou. Contra todos e contra tudo... Ferreira Leite lá consegui alguma coisa: uma vitória na Europa que mais pareceu uma vitória Nacional!!! Afinal que Eleições eram (volto a perguntar)?!

Bom... Assim foi a noite de ontem: a alegria de uns foi a tristeza de outros.
Contudo, o que arrecadou mais votos realizou um grito de vitória que ninguém ouviu. Festejou sem que ninguém desse conta: a Abstenção!
O outro derrotado também parece que se remeteu ao silêncio. As Sondagens! Elas e o PS talvez até estivessem passado a noite juntos juntos, e sonhado em conjunto com a vitória que previram 48 horas antes... Sei lá... Sondagens Altis parece que é o que está a dar! :-)

Eleições Europeias

A propósito deste tema aconselho a contemplação de:

TOMA! TOMA E TOMA!